Uma conseqüência inesperada desse caso foi a edição impressa completa do Talmude Babilônico publicado em 1520 por Daniel Bomberg em Veneza, sob a proteção de um privilégio papal. Três anos depois, em 1523, Bomberg publicou a primeira edição do Talmud de Jerusalém. Depois de trinta anos, o Vaticano, que primeiro permitiu que o Talmud aparecesse impresso, empreendeu uma campanha de destruição contra ele. No ano recente, Rosh Hashanah (9 de setembro de 1553), as cópias do Talmud confiscadas em cumprimento a um decreto da Inquisição foram queimadas em Roma, no Campo dei Fiori (auto de fé). Outras queimadas ocorreram em outras cidades italianas, exemplificadas pela instigada por Joshua dei Cantori em Cremona em 1559. A censura ao Talmud e outras obras hebraicas foi introduzida por uma bula papal publicada em 1554;cinco anos depois, o Talmud foi incluído no primeiro Índice Expurgatorius; e o Papa Pio IV ordenou, em 1565, que o Talmud fosse privado de sua própria denominação. A convenção de se referir ao trabalho como "Shas" (shishah sidre Mishnah) em vez de "Talmud" data dessa época.
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Autor : Tobias Lanslor
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